Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
PRESENTE DA DESO NO DIA DE YEMANJÁ
08/02/2024
PRESENTE DA DESO NO DIA DE YEMANJÁ

NESTE BLOG:

 

1) PRESENTE DA DESO NO DIA DE YEMANJÁ

2) O POXIM DESPOLUIDO E MANGUES PRESERVADOS

3) DA VIRADA DE MESA AO ESPÍRITO SANTO

4) O HOMO SAPIENS, DEUS OU DIABO ?

 

 

 

PRESENTE DA DESO NO DIA DE YEMANJÁ

A sujeira corre solta pelos canais. Quem mais a despeja?

 

 Sexta-feira dois de fevereiro, nas primeiras horas da manhã,   Aracaju parecia começar mais um dia de rotina.

 Naquele celebrado dia de Yemanjá , rainha das águas, vaidosa, que gosta de receber presentes perfumados,  as pessoas nas ruas, ou aglomeradas nas estufas coletivas chamadas ônibus, começavam a sentir os costumeiros odores,  naquele dia  mais nauseabundos do que  habitualmente. Por volta das onze horas,  quando sol se torna escandalosamente

luminoso e o ar parece saído de um sistema de calefação, o odor pestilento já se espalhava por quase toda a cidade. Os narizes dos aracajuanos parecem  tão habituados ao mal- cheiro  que até teriam perdido a sensibilidade, e já o sentem como algo naturalizado,  que faz parte do dia a dia da cidade. E  nem reclamam. Há uma espécie de tolerância ou conformismo, que  se faz notado nas diversas camadas sociais, desde o estamento que reside naqueles prédios mais valorizados da Orla e redondezas, até a massa humana compacta que acomoda-se na periferia, respirando de bem perto o ar pesado de miasmas que emana dos canais, ou da lama, quando chove, ou as marés grandes avançam.

Há quem atribua a culpa de tudo ao prefeito Edvaldo Nogueira, que tanto fala bem de Aracaju como a “ capital da qualidade de vida “. Na verdade ele tem feito tudo para que a cidade mereça  essa denominação, que até seria perfeita, se não houvesse em cena uma coisa, ou uma empresa estatal chamada DESO.

A coisa, ou a empresa, lida com o abastecimento de água , o tratamento e canalização dos esgotos. O ex-presidente da coisa, ou empresa, o engenheiro Carlos Melo, que aliás reativou os cuidados com o meio ambiente, iniciados por um outro presidente,  o engenheiro químico Luiz Carlos Rezende,   costumava ele, o engenheiro Carlos Melo, garantir que a rede de esgotos instalada faz  Aracaju surgir numa posição privilegiada entre capitais nordestinas.  Se existe a fedentina é porque há um elevado número de esgotos clandestinos. Assegurava Carlos Melo.

Mas, para explicar a inhaca de urubu que cobriu a cidade no dia dois,  os  esgotos clandestinos por mais numerosos que fossem não provocariam aquela monumental podridão.

A causa  daquele odor  de cloacas transbordando, são as estações de tratamento e de bombeamento que não funcionam, ou entram vez por outra em colapso. Na sexta feira todas, ( seriam 27 )  estariam desativadas, por variados motivos.

Dessa forma, os canais, desde o antigo riacho do Sirí na Atalaia, ao canal Tramanday  e tantos outros, e os rios Poxim, Sal e Sergipe, estariam, todos,

 recebendo uma portentosa carga  de excrementos, dezenas de toneladas , sem tratamento algum. Na Atalaia, nas proximidades do tradicional restaurante  O Miguel, e bem na frente da Igreja católica do bairro, há um cano que despeja uma carga diretamente no mangue, e as pessoas desavisadas põem a culpa da putrefação no bioma, que, ao contrário, quando bem tratado, é um indispensável berço para a vida marinha.

 Diante de tudo isso surge a imagem da coisa, ou empresa que se chama DESO, da qual não se pode retirar a responsabilidade.

 A concessionaria do abastecimento de água não se move com a necessária agilidade. É pachorrenta e até desleixada, e não demonstra nenhuma preocupação com o publico ao qual deveria servir com um mínimo de eficiência. Não se pode atribuir a culpa pela degeneraçalão gerencial ao atual dirigente, apesar de ser um neófito em gestão pública, nem mesmo aos demais  que estiveram no comando da engrenagem emperrada.

A DESO, ou a coisa, é, atualmente, a obra imperfeita e não ainda acabada de um avanço de múltiplos interesses corporativos, que geraram a deformação atual difícil de ser revertida.

Havia, de forma até escandalosa, uma frota de ônibus tão luxuosos quanto ociosos, estacionados na frente da empresa. Chegavam as sete, saiam as treze. Transportavam servidores, isso a um custo por todos os ângulos absurdo. Não há mais a frota ociosa e parasitária de ônibus. O governador Mitidieri mandou rescindir o contrato e dar aos servidores vales transporte.

Isso, era apenas uma parte ínfima de um cenário grotesco, de uma empresa que é campeã  de desperdícios, de água, principalmente . Não se tem um cálculo preciso da perda que anda acima dos quarenta por cento.

A DESO é campeã também na prática demolidora de esburacar ruas. A Rodovia do Sertão recentemente recuperada, já tem dois cortes transversais feitos pela DESO.  E lá continuam sem

 a reposição do asfalto.

Diante agora dessa iminente privatização de uma parte das atividades da  estatal aguadeira, se poderá alinhar muitos argumentos consistentes em favor da permanência dela a cuidar da nossa água, e dos esgotos, não se poderá, contudo, dar exemplos de eficiência,  por mínimos que sejam.

Assim,  a privatização acontecerá sem maiores resistências.   Os sergipanos que sofrem com

 as torneiras secas,   as contas absurdas que aparecem, as taxa por esgotos que não funcionam, permanecem indiferentes.  

Quando Albano Franco tentava privatizar a madorrenta ENERGIPE, uma estatal recheada de penduricalhos , havia uma forte resistência e o governador hesitava. Então o Prefeito de Aracaju, João Augusto Gama, alinhado com a esquerda disparou: “ No meu entender a ENERGIPE só serve para dar emprego a rapariga de político.”

Foi grosso e fulminante. Mas a resistência desapareceu.

Nesse particular,  a DESO não tem nenhuma semelhança com a extinta ENERGIPE.

Ali não há “ raparigas” beneficiadas com cargos públicos, mas há uma imensa “ raparigagem “ burocrática a ser vencida.

 

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O POXIM DESPOLUIDO E MANGUES PRESERVADOS

Os mangues estão castigados, todavia resistem.

 

Já que tratamos de fedentina nos rios, nos canais, nos mangues  de Aracaju, e isso significa poluição, meio ambiente degradado,  é oportuno lembrar que a Prefeitura de Aracaju vai executar um projeto de dragagem e despoluição do Poxim. E os mangues cobrindo partes da bacia daquele rio, inclusive em áreas urbanas, serão transformados em parques ecológicos, ou até santuários da natureza.

Se isso vier a acontecer o prefeito Edvaldo Nogueira concluirá o seu mandato deixando para a cidade um “ cartão de visitas “ que será uma importante referência .

Seria agora uma excelente oportunidade para a DESO ajustar seus ponteiros com a Prefeitura, e analisar o que de imediato poderá ser feito para que se inicie, paralelamente, um projeto de correção das falhas existentes no sistema de esgotamento,  provocando o despejo de toneladas   de merda, tanto no leito do Poxim como na sua bacia, onde se incluem os extensos manguezais, agora ameaçados de extinção.

Seria o começo de uma ação mais abrangente que poderia alcançar toda a cidade, e, finalmente, nos livrar da fedentina que atormenta e envergonha a nossa capital.

O Poxim, limpo, será um cenário perfeito para esportes aquáticos em sintonia com a natureza. Uma Escola ao ar livre para ser utilizada pela rede publica de Educação. Um grande avanço em termos ambientais, que não passará desapercebido ao turismo ecológico.

 

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 DA VIRADA DE MESA AO ESPÍRITO SANTO

O general Heleno querendo virar a mesa. Em cima de quem?

 

As democracias morrem,  quando, por omissão,  excessiva tolerância, ou pura covardia  deixam de agir com os instrumentos legais que dispõem contra aqueles  que tentam suprimí-la.

A Justiça americana já condenou dezenas de extremistas que patrocinaram aquele espetáculo impensável e absurdo da invasão do Capitólio, uma tentativa do derrotado Trump de permanecer no poder.

Aqui no Brasil aconteceu muito pior. Os golpistas arrasaram as instalações dos três poderes. Não pouparam um só. O objetivo era mergulhar o país na barbárie de um regime de força. Seria a lei da selva.

Da barbárie nos salvamos por muito pouco.

Essa operação que a PF agora desenvolve, autorizada pelo Supremo, percorrendo os “ peixes graúdos ,“ vai revelando  coisas espantosas.

O que aconteceu com o Brasil, com os brasileiros  ?

Vivemos tempos estranhos.

Como entender um velho general, conspirando contra as instituições, contra o regime democrático, contra a harmonia entre os brasileiros, e querendo “ virar a mesa”?

Não imaginou o general Heleno, os  outros que queriam o absurdo de um Golpe de Estado, que iriam derramar o sangue de brasileiros, que iriam  arriscar o futuro do país, que iriam nos lançar numa aventura perigosa, onde perderíamos a imagem internacional que conquistamos, onde mergulharíamos  no ódio , e nas sombras de um regime ditatorial comandado por um homem destituído de compostura e responsabilidade?

O almirante que comandou a Marinha, e negou-se a passar o comando a um seu colega de farda, se diz indignado com o bater da Policia Federal à sua porta e se apega ao Espírito Santo, não teria imaginado que um golpe militar seria o inicio de um tempo  onde a única fé, seria aquela depositada na capacidade das armas para matar e impor vontades ?

Todos, parece que se transformaram em  selvagens, que no seu interior bateram palmas aos vândalos que promoviam o deplorável e vergonhoso quebra – quebra de Brasília ?

Vivemos uma crise da razão, vivemos um período em que a civilidade, a Historia que construímos ao longo de séculos, de repente sumia,  diante do abandono de valores, diante do desapreço à civilidade e o nojo ao próprio Brasil, a  repugnância aos brasileiros.

A um general que defendeu a sensatez, que mostrou-se responsável, que traduzia o sentimento da maioria das Forças Armadas brasileiras, o general Braga Neto,  a serviço das ambições tresloucadas de um insano,  grosseira e estupidamente  agiu como um moleque de rua.

Para o general Braga Neto, o seu colega de farda, era um “ cagão”.

Nada  a acrescentar.....

 

 

 

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O HOMO SAPIENS, DEUS OU DIABO ?

Homo sapiens que tem a melhor máquina do universo. O cérebro que pensa.

 

O astrofísico Marcelo Gleiser ,    cientista brasileiro com projeção mundial, no seu mais recente livro faz uma afirmação  que coloca a espécie humana quase no patamar dos deuses. Segundo ele, em todo o universo, mesmo nas galáxias mais distantes, a ciência hesita em assegurar a existência de  vidas inteligentes, mesmo levando-se em conta a probabilidade de que em bilhões de planetas orbitando sóis nas mais remotas galáxias, possa se ter  repetido em  alguns deles o fenômeno do cérebro humano, privilégio daqueles terráqueos detentores da “ máquina “ que, segundo ainda o astrofísico, é a mais perfeita existente no cosmos.

Essa constatação pode  alegrar ou nos deixar decepcionados. Por que motivo, utilizamos esse “equipamento”  de forma tão desastrada, e fazemos guerras, carnificinas, espalhamos o ódio?

René Descartes, um filósofo e matemático francês que viveu entre os séculos dezesseis e dezessete,  usou uma frase latina , como era habitual nos círculos cultos da Europa: Cogito Ergo Sum. Penso, logo existo. Também inventor do método cartesiano, um sistema lógico, ou racional  do  pensamento,  Descartes,   com a frase aparentemente simples, define, com dialética síntese, o bicho humano, que sabe que existe, que tem a consciência   da morte e da sua finitude, e vagueia pelo infinito, e interroga as estrelas, exercita a capacidade de pensar,  transcendendo a matéria . Teríamos então, com esta exclusividade, de agir com o uso superior da razão.

Mas, o que é mesmo a razão ?

Quem a possui , quem a constrói, ou a ela obedece?

O mundo em transe, a vida ameaçada pela hecatombe  climática, o planeta tornando-se hostil, em vias de expulsar dele a vida, está sendo vítima exatamente daquele  bicho que pensa, aquele être et le néan sartreano, aplicável à espécie do homo – sapiens, que tem consciência do existir ; enquanto os outros, que nem  cogitam, nem sabem o que é vida, morte, sequer suspeitam se a terra é redonda, muito menos se é um bólido em disparada eterna pelo espaço,  estão , eles todos, os irracionais,  arrastados para o extermínio coletivo, provocado exatamente pelos colegas inquilinos da mesma casa, que filosofam: cogito, ergo sum.

Mas há quem diga que a inteligência artificial irá nos salvar. Ou seja, preferem acreditar que na máquina fria, metálica,   inorgânica,  construída pelos que pensam  , e que nem sabe que existe, estaria a salvação.

A IA é a salvação. Vamos para ela erigir templos? Criar liturgias, formar sacerdotes? E para eles conceder a isenção de impostos?

A respeito da Inteligência Artificial o economista    sergipano Otaviano Canuto, que enxerga  e vive no mundo  onde as coisas efetivamente acontecem, nos envia um artigo essencial para melhor compreensão das máquinas sabichonas.

E o transcrevemos:

 

 

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Como a inteligência artificial vai afetar a economia? Relatório do FMI aponta que 60% dos empregos nas economias avançadas serão afetados OTAVIANO CANUTO 22.jan.2024 às 18h50 Membro sênior do Policy Center for the New South, membro sênior não residente do Brookings Institution, professor na Elliott School of International Affairs da George Washington University, professor afiliado na Universidade Politécnica Mohamed VI Inteligência artificial (IA) é o nome dado ao amplo espectro de tecnologias desenhadas para que máquinas percebam, interpretem, aprendam e ajam imitando as habilidades cognitivas humanas. A automação foi criada para um melhor cumprimento de tarefas repetitivas, elevando a produtividade. Já a IA, com seu ritmo impressionante de evolução, serve para produzir novos conteúdos: textos, imagens, novos códigos computacionais, possivelmente diagnósticos médicos, leitura de dados e assim por diante. Não por acaso se prevê uma revolução tecnológica em seu início. Gosto do modo como Jesús Fernández-Villaverde, da Universidade de Pensilvânia, ilustra as diferenças entre automação e IA: "Inteligência artificial não é projetar um robô que vai colocar um parafuso em um carro em uma linha de produção quando chegar a hora, mas projetar um robô que saiba interpretar que o carro chegou torto para a esquerda ou que o parafuso está quebrado, e que seja capaz de reagir sensatamente a esta situação inesperada." A IA trará consequências em áreas para além da economia, como segurança nacional, política e cultura. Na economia, tende a remodelar muitas funções profissionais, assim como a divisão do trabalho e a relação entre trabalho e capital físico. Enquanto o impacto da automação se deu em trabalhos repetitivos, o da IA tende a tarefas de mão de obra qualificada. Qual deverá ser o efeito da IA na produtividade e no crescimento econômico, bem como na inclusão social e na distribuição de renda?

 

O impacto no processo e no mercado de trabalho será um elemento-chave da resposta a essas perguntas. Pode-se antever que, nos segmentos do processo de trabalho onde a supervisão humana da IA continuará necessária, o resultado tendencial é de aumento substancial de produtividade e da demanda por trabalho. Já em outros segmentos a IA tende a levar a deslocamentos significativos ou a simples eliminação de postos de trabalho. Como bem posto por Daron Acemoglu e Simon Johnson em artigo na edição de dezembro da revista "Finanças e Desenvolvimento do FMI", "para apoiar a prosperidade compartilhada, a IA precisa complementar trabalhadores, não os substituir". A elevação sistemática da produtividade no agregado poderia, em princípio, reforçar o crescimento econômico e, assim, propiciar aumentos na demanda agregada, gerando oportunidades de emprego que compensariam a destruição de postos. Além disso, essa evolução poderá também levar ao surgimento de novos setores e funções profissionais, enquanto outros desaparecem, numa dinâmica que irá além da mera realocação intersetorial. Para além dos efeitos sobre o emprego e a distribuição na renda salarial, a distribuição de renda também dependerá dos efeitos sobre o rendimento do capital. Este tenderá a crescer nas atividades que criam e se valem de tecnologias de IA ou têm participações em indústrias impulsionadas pela IA. Dependendo das implicações em termos de "poder de mercado" das firmas, haverá efeitos sobre as distribuições de renda do capital e entre capital e trabalho.

Duas semanas atrás, o FMI divulgou resultados de uma pesquisa exploratória sobre os impactos da IA no futuro do trabalho. Estima-se que 60% dos empregos nas economias avançadas serão afetados, com o percentual caindo para 40% nas economias emergentes e 26% nos países de baixa renda, por causa das diferenças em suas estruturas de emprego. O relatório calcula que metade dos empregos sob impacto será negativamente afetada, enquanto a outra metade poderá apresentar aumentos da produtividade. O menor impacto nos emergentes e em desenvolvimento tenderá a ter como contrapartida menos benefícios em termos de incremento de produtividade. O relatório destaca como o nível de preparação de um país para a IA será relevante no que diz respeito a maximizar os benefícios e lidar com os riscos de efeitos negativos da tecnologia. Constrói um índice para mensurar o estado de preparação dos países, considerando a infraestrutura digital, integração econômica e de inovações, níveis de capital humano e políticas de mercado de trabalho, bem como regulação e ética. Num conjunto de 30 países avaliados em detalhe, Singapura, Estados Unidos e Alemanha aparecem nas primeiras posições, enquanto o Brasil está em 15º lugar. Aumentar o grau de preparação para a IA do país segue como uma política que deveria ser considerada prioritária https://www1.folha.uol.com.br/colunas/por-que-economes-em-bom-portugues/2024/01/como-a-inteligencia-artificial-vai-afetar-a-economia.shtml?pwgt=kdwiw17jbfhoz5ce0v6rtfwodcn0bsnv9326t4bl5wx59fya&utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmailgift&_ga=2.223252755.989012091.1705963857-1002969866.1705963856&_mather=64bfe74f-8b49-4c3b-8eb0-1ad010a28a72

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