Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
SERGIPE E O CAMINHO DA REINDUSTRIALIZAÇÃO
26/10/2023
SERGIPE E O CAMINHO DA  REINDUSTRIALIZAÇÃO

LEIA NESTE BLOG

- SERGIPE E O CAMINHO DA

REINDUSTRIALIZAÇÃO

- OS ESCANDALOS EM CANINDÉ

E AS AUTORIDADES EMUDECIDAS

TOPICOS

- O LANÇAMENTO DO LIVRO GILTON UMA JORNADA

- FABIANO O REI DA ALEGRIA

- INTERESSE PÚBLICO:   
UM ESCÂNDALO ESCANCARADO

 

SERGIPE E O CAMINHO

  DA REINDUSTRIALIZAÇÃO

 


O grupo bilionário Maratá, lidera o processo de reindustrialização em Sergipe.
 

Faz algum tempo Sergipe era   chamado  talvez com excessiva hipérbole de a Bélgica Brasileira. Terra pobre, de engenhos, canaviais e pastos, estava muito distante da Bélgica, país europeu colonizador e com absurdos cometidos na África, mas, que seguira ao pé da letra o processo  de modernização, ou a Revolução Industrial iniciada na Inglaterra. A Bélica transformou-se num importante polo de industrias têxteis, de metalurgia, ampliou rodovias, portos e ferrovias, e alcançou um nível elevado de desenvolvimento.

Já Sergipe viu surgirem algumas industrias têxteis, e engenhos transformados em usinas, e isso  a partir da década dos anos vinte, causou uma mudança na economia até então atrasada e agrária, com ranços feudais.

 Formamos um proletariado urbano, em Aracaju, e no interior, em cidades como Neópolis, Estancia, Maruim, Riachuelo, Laranjeiras e São Cristovão. No plano político e social, isso criou um sentimento de classe, com a defesa de interesses concentradas em sindicatos e partidos, que foram surgindo como o PCB, Partido Comunista Brasileiro, com um numero pequeno de adeptos, todavia, organizados e atuantes no chão das fábricas, ou nas locomotivas e trilhos da Leste Brasileiro. Mais tarde surgiria o PTB, Partido Trabalhista Brasileiro , criado por Getúlio Vargas, e tocado em Sergipe pelo deputado federal Francisco Macedo, um mobilizador de massas, que, periodicamente fazia comícios, reunindo  algo próximo de meio milhar de  “ tamanqueiros”, como eram depreciativamente  denominados os operários, que calçavam, todos eles, grossos tamancos de madeira. Chamavam a atenção de toda a cidade retinindo no paralelepípedo das poucas ruas pavimentadas.

Houve transformações, mas continuávamos distantes da Bélgica, já no primeiro mundo e nós aqui submersos no terceiro.

 Subjugadas pela concorrência chinesa e sufocadas pelo que agora se chama “ Custo Brasil “ ( o desvario de impostos taxas e exigências burocráticas) as fábricas  de tecidos foram fechando as portas, o mesmo aconteceu com aquelas que já formavam um vistoso Polo Calçadista, depois, sofremos o golpe da PETROBRAS batendo em retirada.

Assim, a indústria sergipana , foi perdendo na composição do PIB, a vantagem que alcançava diante da agro-pecuária , e  hoje é largamente superada pelos Serviços.

Causa pena a situação em que se encontram os nossos Distritos Industriais, além das fábricas fechadas, uma dose de abandono e descaso.

Houve um tempo de euforia, quando a SUDENE no governo transformador de Juscelino Kubitscheck, passou a definir as prioridades do nordeste, a apoiar projetos, a maioria deles de industrias atraídas pelos incentivos fiscais, e as perspectivas de um mercado em expansão. Fazia-se, na época, a conjunção perfeita do Estado planejando e induzindo de diversas formas, e o empresariado enxergando os novos horizontes de um Brasil que acordava do sono letárgico  do atraso,  o conservadorismo oportunista,   da elite rica e satisfeita com o modelo herdado da Colônia.

Há números impressionantes que nos oferece o agronegócio, mas, no PIB brasileiro onde a indústria já chegara a mais de 50 %, se foi retraindo descendo até um percentual de 14. Exportar comodityes   é muito bom, tem dado resultados surpreendentes na nossa Balança Comercial, nos garante folga em reservas cambiais, mas, poderíamos agregar valor se exportássemos, trilhos, chapas de aço, óleos vegetais, carnes industrializadas, da mesma forma fazendo com o milho a soja, o algodão ,o açúcar, o café.

Lula, que não perde tempo em motociatas, nem se preocupa em fechar o STF, e não faz discursos  odientos, colocou entre suas prioridades a reindustrialização brasileira, o projeto comandado pelo experiente e pragmático Vice -presidente da República e Ministro de Estado, Geraldo Alckmin.

Sergipe ficou bem situado, com a ênfase ao retorno da PETROBRAS às nossas jazidas de óleo e gás oceânicas, e à ampliação dos ítens essenciais para  composição dos fertilizantes, que aqui temos capacidade para expandir.

E o governador Mitidieri, vem seguindo de perto a trilha do governo federal, e aprontando as pautas essenciais para inclusão plena de Sergipe.

E temos excelente notícias. Onde consta, em primeiro lugar, o retorno da PETROBAS, com vultosos investimentos,  a ampliação do Polo de Fertilizantes e recomposição do polo Cimenteiro, além de outros setores em menor escala.

Coisas assim que ajudam a ampliar o emprego, a fortalecer a arrecadação, como o retorno do Departamento de Compras  da Rede CENCOSUL ,antes G. Barbosa, para operar em Aracaju, saindo de Salvador, para aonde foi,  após a compra do sergipano G. Barbosa pelo grupo Chileno. Foi um trabalho até pessoal desenvolvido por Mitidieri.

Há muito tempo havia sido fechada a fábrica de cimento do Grupo João Santos. Após a morte do fundador, os filhos, como tantas vezes acontece, dissiparam a riqueza, negligenciaram compromissos, ou seja, fizeram uma desastrosa gestão que levou o poderoso Grupo à falência. A moderna fábrica em Nossa Senhora do Socorro foi abandonada, seus trabalhadores largados à própria sorte, e dividas enormes,  trabalhistas e tributárias, acumulando-se dia a dia. Isso aconteceu há mais de dez anos.

No governo, Belivaldo deu inicio às démarches, e chegou-se a uma solução com a aquisição da massa falida pelo Grupo Polimix.

No começo do próximo ano já voltando a empregar mais de quinhentos trabalhadores, após readequar e recuperar o maquinário, o Grupo, estreando em Sergipe, volta a produzir o cimento MIZU.  Serão, ao que se informa, mais de 300 mil toneladas no próximo ano.

Duas outras industrias de grande porte, iniciadas no governo Belivaldo e tendo recebido incentivos do governo, estão quase concluídas  pelo Grupo Maratá. São pesados investimentos que ultrapassam um bilhão de reais.

  Uma delas, de fertilizantes, já está em fase inicial operando e Maruim. Fica nas proximidades de um estádio de Futebol construído no governo de Valadares. Com essa fábrica Maruim, volta a  reviver os tempos industriais, depois de ter sido um polo de indústrias têxteis,  de bebidas e metalurgia. Havia um porto por onde se exportava açúcar , havia  até consulados  estrangeiros , entre eles um alemão.  Maruim viveu em tempos de euforia com a PETROBRÁS .Hoje, a estatal do petróleo foi embora, das fabricas nem restam mais as ruinas, e o porto que era para saveiros, não se sabe onde ficava, com o braço de mar que dava acesso  quase aterrado.

Uma outra fábrica, um moinho de trigo, projetado para ser o maior do nordeste, já está com sua estrutura montada, e é bem visível, com destaque por quem,  vindo na direção de Aracaju pela BR-101, cruza a entrada de São Cristovão. Fica do lado direito, na rodovia que dá acesso à antiga capital.

Deve começar a funcionar a plena carga no início do próximo ano.

O agrônomo e observador atento da evolução da economia sergipana Jose Dias, observa que pelo Terminal Marítimo Inácio Barbosa, operado por uma subsidiária da Vale , na Barra dos Coqueiros, as cargas  embarcadas cresceram este ano mais de 60 %.

Atento a essa realidade o governador Mitidieri, já priorizou a duplicação da Rodovia do Porto, da BR- 101 até o Terminal, e tem feito contatos junto à Vale, sobre a necessidade de ampliação das instalações portuárias, com o cais de atracação avançando mais pelo oceano até atingir uma cota que permita aportarem cargueiros  de até cem mil toneladas. Hoje, só operam aqueles até trinta mil toneladas. A duplicação que poderá estender-se até o projetado polo industrial, uma distancia pequena, poderá ser uma alternativa muito  mais viável e barata,  do que a hipótese de uma segunda ponte sobre o estuário do Sergipe, pela qual iriam ser transportadas cargas pesadas e inflamáveis, cruzando  Aracaju e uma área da Barra,   na Atalaia Nova, onde se multiplicam os condomínios de luxo e também populares.    

 
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OS ESCANDÂLOS  EM CANINDÉ E

  AS AUTORIDADES EMUDECIDAS


Canindé, município polo de turismo, tendo os espetaculos da natureza, não se livra da infelicidade dos incompetentes, gananciosos e corruptos.

 

Faz  quase dois meses, uma magistrada substituindo um desembargador no TJS, determinou a volta  do prefeito afastado de Canindé, após decisão do Juiz local atendendo pedido do Promotor da Comarca. Ela estabeleceu uma série de exigências que deveriam ser cumpridas pelo prefeito reintegrado ao posto, que estava sendo ocupado pelo Vice Prefeito . Ele reorganizava a Saúde e a Educação, onde faltavam, respectivamente, remédios, médicos,  e um projeto gerencial; merenda escolar, transporte e projeto pedagógico.  Enxugava a recheada folha,  fez pagamentos emergenciais, inclusive aos  funcionários, e começava a renegociar débitos com a União e fornecedores. Vinha alcançando êxitos, e a população acompanhava com esperança , o desenrolar dos acontecimentos.

A Magistrada que determinou a reintegração ao cargo, do prefeito afastado, produziu  também um elenco bem explicito e discriminado de exigências, algumas pontuais e imediatas. Passado todo esse tempo nada se fez, e o tumulto prossegue. Há professores permanentemente acampados no prédio precário da Secretaria da Educação, houve paralização do transporte escolar, há precariedade no fornecimento de água através de caminhões -pipa, e o prefeito que temia, ao que se diz, sair algemado pela Policia, agora está amarrado dos pés à cabeça totalmente subjugado ao grupamento politico que, com esse argumento ameaçador, assumiu de fato a administração do município. Para atender às exigências o prefeito nomeou pessoas que até nem chega a conhecer, e essas comandam as finanças, o jurídico, as licitações, a Educação, os transportes, e foram criadas consultorias diversas, sempre regiamente remuneradas, enquanto amparavam parentes e amigos, e demitiam mais de 300 infelizes que fazem parte da “ arraia miúda”, aquela chamada a votar, e condenada a sofrer. Com esses gastos

invalidaram a  esperada economia, que seria alcançada com o  “enxugamento “. Aliás seletivo.

Essa situação que prevalece, com um comando que seria duplo, se o Prefeito, pelo menos, pudesse gemer, não só afronta a Justiça, como contribui para a geração de um clima de decepção e descrédito, que é a pior coisa que poderá acontecer a um Poder Constituído, que se fortalece, quanto maior for a confiança popular nele depositada, Nessa estrutura de Poder, se incluem a Justiça, os Ministérios Públicos ( pois há verbas federais ) e as Controladorias, tanto da União como do Estado, além no caso, da própria Policia Federal e do setor de investigações, integrado pelo Ministério Público Estadual e a Policia Civil. Todos esses ficam vulneráveis,  submetidos ao crivo da dúvida , que agora se espalha por todo Sergipe, em face do impacto das revelações feitas sobre a situação vigente em Canindé.

Agora, sob o pretexto de sanear as finanças e  honrar débitos, quase todos com fornecedores, estudam um empréstimo de 7 milhões de reais, junto ao BANESE, tendo o banco autorização para ressarcir-se todos os meses, com aportes de recursos que chegam aos cofres do município.

Na realidade não se quer sanear coisa nenhuma. A Prefeitura tem  acumulado um débito com Precatórios da ordem de dez milhões de reais, e um outro débito previdenciário  duas vezes mais volumoso.

Esses débitos irão permanecer, porque nunca foram devidamente negociados, o que poderia ser feito agora, afinal, a Prefeitura nos últimos quatro anos mais do que duplicou a receita,  pulando dos sete milhões para os agora tentadores 17 milhões, com perspectivas de um crescimento no próximo ano para 19 milhões.

O que se precisa é apenas racionalidade, vergonha na cara,  vontade política, e capacidade  gerencial para resolver. Sobretudo sem colocar em primeiro plano a eleição do ano que vem, e também, infelizmente, os próprios bolsos.

O que será feito com os SETE MILHÕES a serem calamitosamente emprestados pelo BANESE: Vão fazer uma lista de fornecedores, e pagar, como é usual, mediante uma taxa de propina que poderá variar entre 10 % a 30 % a depender do caso e do tipo, ou estrutura financeira  do infelicitado credor.

A Câmara de Vereadores será chamada a votar a autorização.  Tudo se resolveria simplesmente: exigiria que ao Ministério Publico fosse entregue a responsabilidade de fazer, pelo critério de antiguidade ou prioridade , envolvendo interesse público, a lista completa dos credores, que teriam seus créditos depositados em conta. Com isso, eles, somente se forem burros ou idiotas, iriam submeter-se à chantagem das “ comissões “ exigidas.

E isso acontecendo logo desistiriam do empréstimo.

Da forma como rolam os fatos em Canindé, torna-se impossível  até o cumprimento das determinações prévias da Magistrada.

Essa situação anômala não pode prevalecer. Ou se confere ao prefeito a indispensável segurança no cargo, e sobre ele descarreguem metas a cumprir, ou o afastem,  para que o substituto legal assuma, e tenha sobre ele as mesmas exigências e responsabilidades.

  Como escrevia concluindo a sua coluna diária, intitulada NÃO ESTÁ CERTO,  no Sergipe – Jornal o jornalista e Promotor Publico Paulo Costa: ASSIM, POSITIVAMENTE, NÃO ESTÁ CERTO.

Mas isso já faz mais de 60 anos. Agora, o que está errado parece não ter conserto.

Pelo menos, no infelicitado e sofrido município rico de Canindé do São Francisco.

  Ou lá seria, de fato, uma República Independente da Anarquia Institucional ?

A Conferir...........

 

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- O LANÇAMENTO DO LIVRO, GILTON – UMA JORNADA

 

 

Algumas fotos do lançamento do livro biografico, intitulado GIlton – Uma Jornada. Na noite da quarta-feira, 25, no Museu da Gente Sergipana. O biógrafo , este escrevinhador, e o biografado Gilton Garcia, receberam as centenas de amigos que lá compareceram, prestigiando o evento.

 

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- FABIANO O REI DA ALEGRIA

Nenhuma definição melhor: Fabiano rei da alegria

 

Uma frase curta, uma saudação de amigos a um aniversariante feita num outdoor , sendo resumida, foi, todavia, suficiente para caracterizar perfeitamente o homenageado: FABIANO, O REI DA ALEGRIA.

Antes de Fabiano entrar em cena, criando aqui o promissor negócio das festas ou show bussines, Aracaju era uma cidade enfarruscada, que apenas se animava um pouco para os festejos juninos, mesmo assim adstritos a uns poucos bairros, e aos salões dos clubes.

Jackson Barreto ,quando Prefeito, plantou a semente do Forrocajú, Zé Franco, quando Prefeito em Areia Branca e Socorro, fez o mesmo, criando o  Forró Sirí.

Mas o menino que formou um tímido bloco e saiu fazendo o primeiro Précaju, plantou uma semente que teve germinação portentosa, e se transformou numa das maiores festas pré-carnavalescas do país.

Esse menino era Fabiano Oliveira. Hoje vereador de Aracaju, ex-deputado estadual, ele vai além das possibilidades do Poder Público, e cria uma festa que se autofinancia, e é um negócio de grandes proporções, que gera  centenas de empregos.

Assim, fazendo festas, espalhando alegrias infindas, musica, animação, felicidade, paz, por todos os motivos  ele merece o título: Fabiano,  o Rei da Alegria.

E ele é também um rei na capacidade de fazer amizades e demonstrar gratidão. Neste Précaju de novembro, no qual Albano Franco não poderá comparecer, ainda enfrentando um problema de saúde que, Sergipe inteiro ora para que breve seja superado, com certeza, receberá no seu apartamento onde convalesce, a visita da amiga Ivete Sangalo, que lá chegará acompanhada de Fabiano.

 E serão recebidos por Mírian Ribeiro, advogada, ex-vereadora de Aracaju, pessoa que nos bastidores viveu grandes momentos da politica sergipana e nacional, amiga, e  “ anjo da guarda “ de Albano, que com ele permanece todas as tardes.

 

 

INTERESSE PÚBLICO:

UM ESCÂNDALO ESCANCARADO




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