
NESTE BLOG
1) A ÁGUA DE SERGIPE ENTRE A VICIADA DESO E A IGUÁ
2) NETANYAHU OU O “ HITLER JUDEU”?
3)HABITO DA LEITURA RESISISTINDO CLOVIS MUNARETTO COMPROVA
A ÁGUA DE SERGIPE ENTRE A VICIADA DESO E A IGUÁ
O governador Mitidieri e seus "puxões de orelhas" na Iguá vítima da Deso.
Ainda é cedo para que se possa fazer uma avaliação precisa do desempenho operacional da estreante Iguá, empresa que venceu uma concorrência para substituir a DESO, e tenta, agora, mostrar-se eficiente, ao tempo em que se depara tanto com a má vontade do que restou da DESO privatizada, quanto da desconfiança de setores da sociedade contrários à ideia de desestatizar, tanto “ joias da coroa” como “ sucatas”, um e outro merecendo a mesma controversa denominação de “patrimônios do povo”.
O governador Mitidieri empenhou-se muito para conseguir a privatização, mas , necessitou fazer algumas concessões para vencer resistências entre deputados que veem a DESO como a “ cereja do bolo”. Assim, tivemos um modelo de privatização que exigiu uma boa dose de criatividade, ou ineditismo. Prolongou-se a vida da estatal , e foi mantida toda a sua diretoria. Esperava-se que, pelo menos, o diretor presidente fosse afastado. Sobreviveu, sendo estatal, parte da DESO que lida com o fornecimento da água. Ou seja, deram-lhe uma posição estratégica, e nela, havendo má fé, ou mesmo sabotagem, por mais que a Iguá tente modernizar e extinguir vícios, continuaria nas mãos de quem estaria, no mínimo, destituído de entusiasmo.
Sintetizando: a Deso tem responsabilidade integral na captação e tratamento da água, que é vendida à Iguá, que a “ revende “ aos usuários. Antes disso, há o transporte do “ precioso líquido” feito pela rede, onde estão adutoras principais, e a capilarização por encanamentos de menor porte.
No sistema todo acumulam-se erros, omissões, sucateamentos, enfim ,um legado de muitos anos de ineficiência.
Exemplificando de uma forma pontual: na Avenida Rotary, Atalaia, em frente ao hotel Rekinte, de um lado, e de uma agencia do BANESE junto ao Hotel Sandrin, de outro, formam-se dois buracos. Deles, vez por outra escorre merda, merda “ puríssima” e em grande quantidade. Geralmente, a imundície que corre pelo asfalto dura alguns meses, até aparecer uma turma da DESO que faz os reparos, algumas vezes, com um aparato enorme. Tapam-se os buracos, desaparece a fedentina horrorosa, mas, a alegria dura pouco. A explosão de excrementos volta a acontecer, e isso numa área turística por excelência.
Imagine-se esse mesmo tipo de “merdeiro” localizado, multiplicando-se por toda a cidade, além do despejo de esgotos que, há mais de quarenta anos, se faz diretamente nos canais que recortam a cidade. Esses cursos de água urbanos podem ser entendidos como áreas de proteção contra enchentes, porque as marés altas por eles avança, e então, se terá o tamanho do problema nunca enfrentado com vontade política de resolvê-lo. Nesse caso específico, são atingidas camadas da população onde estão os mais ricos, a classe média, os remediados, e, em maior dimensão os demasiadamente pobres.
A merda, a podridão em Aracaju, estão sendo “ socializadas”.
Sem demérito para o ex-prefeito Edvaldo Nogueira, que foi um administrador eficiente, e é um político comedido e sensato, somente por isso, Aracaju não mereceria o título de “ cidade da qualidade de vida”, um dos refrões utilizados por ele, empenhado em atrair turistas.
Não será fácil a vida da Iguá, afinal, a herança que recebeu não é nada alentadora.
O governador Mitidieri lançou no jogo da reeleição uma parte das suas fichas, confiando na Iguá, que cumpriu, pontualmente , a primeira parcela do pagamento pelo controle da água que o sergipano usa e bebe. A dinheirama, de acordo com exigências contratuais, deveria ir, em vistosa parte, para as Prefeituras. Uma felicidade para os prefeitos, alguns deles, agora, as voltas com processos por improbidade , tal a voracidade como consumiram os generosos recursos, na última semana dos seus mandatos.
Diferente da privatização da ENERGIPE no governo de Albano, que enfrentou pesada oposição, a privatização da DESO, empresa vista como estorvo, se fez com poucos obstáculos, talvez, certamente, pelo clima de apatia hoje prevalecendo , e a habilidade de Mitidieri em construir um apoio quase unanime na Assembleia Legislativa.
No caso da ENERGIPE Albano colocou a empresa sob intervenção , para que fosse completamente enxugada antes da venda. O técnico Newton Porto foi o interventor, e cumpriu rigorosamente sua tarefa. Por sinal, neste mês, Niltinho, (o competente “coveiro” da ENERGIPE) completa oitenta anos.
A voz forte da oposição somente silenciou depois que o Prefeito de Aracaju João Augusto Gama, com a autoridade de ser de esquerda, e empresário, numa histórica e jocosa entrevista, bombardeou: “ A ENERGIPE é uma empresa sem importância, só serve mesmo como cabide de emprego para rapariga de político.”
Hoje, a ENERGISA chega onde a ENERGIPE, estatal, jamais alcançaria.
No caso da DESO, ex-servidores bem conceituados da empresa, asseguram: a tão aviltada aguadeira, poderia ser recuperada e modernizada com uma gestão técnica, dissociada do interesse político.
O difícil seria conseguir esse quase milagre.
O governador Mitidieri, mês passado , andou, com elegância “ puxando as orelhas “ do CEO da Iguá, e recebeu a promessa de que , a empresa estaria mais atenta ao dever de melhor comunicar-se com aqueles, ou seja, todos os sergipanos que precisam de água.
E ai acontece o desastre imprevisível, o rompimento duas vezes sucessivas da adutora do São Francisco, que responde por mais de setenta por cento da agua que abastece Aracaju e o seu entorno, onde estão quase um milhão de pessoas que usam e bebem água.
Isso fez com que Mitidieri repetisse nessa quinta -feira, com a mesma elegância, o” puxão de orelhas” nas oiças já vermelhas do senhor René Silva.
Repetindo para que ele bem ouvisse: “ Queremos uma comunicação mais clara para a população, isso no dia a dia, não somente quando acontecem desastres, como o rompimento de adutoras”
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NETANYAHU OU O “ HITLER JUDEU”?
Netanyharu, seria o Hitler judeu?
O presidente Lula é hoje persona non grata em Israel. Ou seja, trata-se de alguém maldito para aquele país. O que fez Lula? Ele disse ,logo no inicio da matança levada a efeito pelo primeiro ministro Netanyharu, quando começavam a morrer crianças, velhos, e bombardeados hospitais e escolas, que o Estado de Israel cometia um genocídio, tal como Hitler fizera contra o povo judeu, quando o nazista quase completa a sua “ solução final “, que seria a extinção completa da raça judaica. Chegaram à cifra horrenda de mais de seis milhões de mortos. A cúpula governante do pequeno e hiper poderoso país, enxergou, naquilo, uma afronta e inaceitável heresia. Comparar uma ação de guerra para eliminar terroristas que cometeram atrocidades em um ataque covarde e sorrateiro ao país, onde mais de mil jovens que faziam uma festa foram mortos, e alguns tornados reféns, seria um absurdo, e gesto de claro de anti- semitismo.
Já lá se vão quase dois anos, e numa faixa estreita de terra que é Gaza, a fúria dos extremistas governantes de Israel, onde há fanáticos, que agem de fato como terroristas, completa a tarefa de extermínio,
pondo abaixo as últimas edificações que restam, debaixo das quais, não se sabe ao certo, existiriam sessenta ou mais de cem mil mortos, enquanto uma massa enorme de pessoas famélicas, feridas, se deslocam de um lugar para outro ,obedecendo as ordens de afastar-se da zona dos combates, que, agora, abrange toda a Faixa
Trata-se de uma limpeza étnica, comandada por Netanyahu, de mãos dadas com Trump, que não abandonaram o criminoso propósito de fazer, sobre o cemitério do que foi Gaza um resort de luxo às margens do Mediterrâneo, onde não haverá um só palestino.
Os anos passam, e ninguém lembra mais de que foi o então militar Benjamin Netanyahu, quem comparou um judeu que era seu inimigo a Hitler.
Quem era esse judeu? Itzak Rabin, Primeiro Ministro de Israel que, sob os auspícios do presidente americano Bill Clinton, apertara as mãos de Yasser Arafat, líder do povo palestino, e as do presidente do Egito Anwar Sadat. Os três participaram das rodadas de entendimento que levaram aos Acordos de Oslo, e receberam o Premio Nobel da Paz. Isso ocorreu em 1993.
Depois de séculos e séculos de ódio e sangue, judeus e palestinos abandonavam as armas, e a paz mostrava-se possível. Conviveriam lado ao lado conforme decisão da ONU em 1948, o Estado de Israel e o Estado a ser criado da Palestina.
Os extremistas, que não conseguiam viver sem o fel da odiosidade, criaram uma organização em moldes terroristas, e nela estava Benjamin Netanyahu.
O sonho durou pouco.
Em abril de 1995 o Primeiro Ministro Rabin, que participava de uma concentração no centro de Tel Aviv em defesa da Paz, foi assassinado pelo jovem estudante de direito Ygal Amir.
Já no Egito ,durante uma parada militar, foi assassinado o presidente Anwar Sadat. Seus executores faziam parte de uma organização terrorista, que tinha o mesmo objetivo da outra em Israel: estavam juntos na tarefa macabra de eliminar a utopia que se chama Paz Universal.
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HABITO DA LEITURA RESISISTINDO CLOVIS MUNARETTO COMPROVA
Algumas das revistas de Munaretto
Clovis Munaretto é homem dos sete instrumentos. Faz rádio, faz publicidade, escreve, edita, acredita firmemente que a publicação escrita ainda tem campo para sobreviver, ou, até mesmo, retomar a anterior importância.
Editor por excelência, ele vem, faz alguns anos, respondendo pela edição de duas importantes revistas , relacionadas a duas destacadas atividades: o mundo da Medicina e o mundo do Direito.
Depois da Revista dos Advogados de Sergipe uma iniciativa da OAB, e da Revista SOMESE Órgão Oficial da Sociedade Médica de Sergipe, Clóvis Munaretto vai tocando sua terceira edição, a revista DEGUSTAR. Não se trata apenas como o nome sugere, de uma revista exclusiva de gastronomia, vai mais longe incluindo o prazer de viajar, de ver, de sentir, e, claro, degustar.
Vale a pena, nelas, exercitar o prazer indizível da leitura.