
NESTE BLOG
1) OS “QUINTA – COLUNAS” E ITABAIANA QUE SE CUIDE
2) A JUSTIÇA BRASILEIRA E O RANGER DO CARRO DE BOI
3) O HOSPITAL DO AMOR AGORA JÁ É REGIONAL
OS “QUINTA – COLUNAS” E ITABAIANA QUE SE CUIDE
Os quinta-colunas e as cinzas do Brasil por eles desejadas.
O ano era 1936. A sangreira da guerra civil espanhola parecia chegar ao seu ponto de maior ferocidade.
No Hotel Florida, centro de Madrid, um integrante das Brigadas Internacionais, que era combatente, e escritor batendo às portas da fama, saía do hotel, sendo atingido pela artilharia, e caminhava até uma agencia dos Correios, para postar um despacho dirigido ao jornal do qual era correspondente.
O escritor era Ernest Hemingway. O artigo que escrevera tinha o título: A Quinta Coluna.
Sobre Madrid, avançavam quatro colunas do exército inimigo. No interior da cidade ameaçada, havia a sabotagem de setores adeptos do fascismo. Hemingway, neles enxergava a “ quinta coluna”.
A frase pegou, e atravessou o tempo. Tornando-se sinônimo de traição à pátria. Quando, em agosto de 1942, a Segunda Guerra Mundial chegou ao Brasil, com o afundamento de nossos navios por um submarino alemão, e os cadáveres espalhavam-se sobre praias sergipanas, a população aracajuana, revoltada, enchia as ruas, numa caçada raivosa aos “ quinta- colunas”. Seriam eles os integralistas, ou “ galinhas verdes”, admiradores do nazi -fascismo. E os outros, imigrantes italianos ou alemães, todos, fatalmente, postos sob suspeita. Acusados de traírem a pátria, porque aqui viviam, aqui nasceram seus filhos, aqui ficaram ricos, mas, muitos deles, sonhavam em fazer, no sul do Brasil, um prolongamento, da Alemanha nazista.
A expressão “ quinta – coluna”, passou a ser sinônimo de traidor da pátria.
Não há dúvidas de que o clã Bolsonaro é um núcleo, ou covil de “ quinta – colunas”. Fizessem, em relação aos Estados Unidos, o que agora tramam contra o Brasil, estariam sujeitos a experimentar a cadeira elétrica.
A erva daninha que são esses “quinta – colunas” brasileiros, encontra tereno bastante fértil nos Estados Unidos, onde um ensandescido Trump, hoje, líder poderoso do extremismo de direita que contamina o mundo, põe em prática o seu projeto de dominação planetária. É um Hitler que fala inglês.
Para ele, o clã de extremistas brasileiros é visto como instrumento para as suas audácias geopolíticas. Uma delas: enfraquecer, ou acabar de vez com o BRICS, do qual o Brasil faz parte, e tem gerado até agora enormes benefícios ao país. Fale ao agronegócio brasileiro que o Brasil precisa se afastar da China, e ouça a resposta indignada. Fale ao trabalhador, aos empresários que estão se beneficiando com a chegada das fábricas dos carros eletricos, e criando concessionárias, que eles dirão a mesma coisa.
O clã Bolsonaro imagina transformar o Brasil no seu quintal. Para realizar esse projeto familiar, não hesitam em vender o “quintal” a qualquer preço, e a qualquer país, desde que a posse sobre ele lhes seja assegurada .
Quando Eduardo Bolsonaro foi morar nos Estados Unidos, desprezando um mandato de deputado federal por São Paulo ( eleito pela primeira vez com mais de um milhão de votos, e na segunda com mas de setecentos mil), ele estava se lixando para os eleitores que o elegeram, muitos deles, comerciantes da rua 25 de maio, que Trump aponta como um dos obstáculos para a continuidade normal das relações comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil.
A característica desses “ quinta colunas “ que, por acaso, são brasileiros, é a capacidade enorme de iludir, enganar, destruir, desde que tudo isso se faça em função da ideia fixa de um poder pessoal e exclusivo. O que importa para eles se o maior centro de comércio popular brasileiro entrar em colapso?
Quem foi dizer a Trump que a 25 de Março existe? Teria sido uma informação da sua Embaixada em Brasília, que agora nem tem mais um Embaixador, ou da CIA, dos seus serviços secretos?
Eduardo Bolsonaro é o privilegiado informante, o “ quinta – coluna “ ideal, por ser absolutamente destituído da noção de honra , de caráter, de respeito ou preocupação com o povo brasileiro.
Outros obstáculos para as “ boas relações “ certamente irão surgir. Onde há sinais de crescimento econômico, de prosperidade, de sucesso do Brasil, como é o caso do PIX, tudo, para Trump, se transformará em pretexto.
Além da 25 de Março, outros “empecilhos “ estarão na lista de retaliações, e bastante diversos, indo da EMBRAER, até a Sulanca.
Assim, Itabaiana que se cuide..............
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A JUSTIÇA BRASILEIRA E O RANGER DO CARRO DE BOI
O carro de boi gemendo em Brasilia, carregadinho de insensatez.
O ranger dos madorrentos carros de bois parece, ainda, chegar aos ouvidos daqueles togados, hóspedes vitalícios de Tribunais, desde os inferiores, até o maior de todos, o STF.
Há o ranço de uma pátina do tempo não esfregada; a relembrar das ordenações manoelinas, afonsinas, do direito romano, este, até alguns anos, passível de ser motivo para a reprovação de um aluno, e merecer uma frase explicativa, e também gongórica, de um professor sem toga, mas, envergando uma batina: “ Aprovar um apedeuta, pode parecer esquírola de nuga, mas é vórtice de ciclone”. O reprovado apedeuta em causa, não soube traduzir o que significava a frase , ou refrão preferencial do nosso juridiquês: o inefável Data Vênia.
Então, data vênia, data máxima vênia, permita-nos indagar qual a utilidade prática de aplicar essas “ medidas cautelares “ contra o indigitado “ quinta coluna”, Jair Messias Bolsonaro ?
Não pode comunicar-se com determinadas pessoas, inclusive o filho “ quinta- coluna “ como ele; não pode passar perto de outros réus como ele; não pode conversar com Embaixadores estrangeiros; nem chegar perto de alguma Embaixada.
Perpassa, então, a suspeita de que sobre o STF flutua o som langoroso do carro de boi, e lá estariam, ainda, as adornadas carruagens, tracionadas por árdegos alazães, a conduzir, pela modernidade brasiliense, os nossos togados supremos.
O “ quinta coluna Jair, “ favorecido pelo equivoco gigantesco de milhões de brasileiros, tornou-se idolatrado, mas, é um criminoso, responsável maior pelo clima devastador de ódio e intolerância espalhado por este país, visto por Buarque de Holanda como terra da cordialidade. Disso, não deveria restar duvida, e para isso nem precisa ser esclarecido, basta ter na cabeça vestígios de alguma esquirola de inteligência. Mas não é o que acontece.
Bolsonaro, com tornozeleira na perna, continuará falando, os seus apoiadores, onde se incluem governadores dos maiores estados brasileiros, e grande parte do Congresso virão em seu socorro. Pior ainda, reforçará a chantagem de Trump contra o Brasil, e isso a ocorrer, exatamente, quando se faziam as negociações para evitar consequencias do tarifaço.
De nada adianta bradar o argumento da nossa soberania, nem, pior ainda, fazer a ressurreição daquelas frases tão comuns na politica estudantil dos anos cinquenta e sessenta, ( até quando foram sufocadas pelo barulho dos tanques em 64) . O mundo é outro, digital, “ aldeia global “, inteligência artificial que gera a ubiquidade, permitindo a mesma pessoa falar em Nova Delhi, Washington, Paris e Pedra Mole, ao mesmo tempo.
Será que, ao passar pela frente do STF, e lentamente, aquele gemer do carro de boi se for afastando, os togados ouviriam o clamor dos brasileiros, preocupados com a chegada das ameaças do louco que habita a Casa Branca?
Restaria agora ao presidente Lula, pedir aos seus mais açodados que se calem, a começar pela inquieta Janja, e arrodear-se de gente diplomata,claro, do Itamaraty, para juntos redigirem uma carta, tranquila, apaziguadora, até acariciante, se for o caso, ao presidente Trump, mostrando o que haverá de ruim, tanto para o Brasil, quanto, em menor escala aos Estados Unidos, se essas prometidas tarifas, festejadas pelos “ quinta- colunas” vierem a ser aplicadas. Enquanto isso, os acenos a investidores americanos, mostrando que, para eles, as portas do Brasil estarão tão abertas quanto para a China ou Andorra.
Diplomaticamente, seria possível aproximar-se de Elon Musk, sugerindo-lhe explorar terras raras no Brasil?
Assim, se faria cócegas em Donald Trump, e teríamos menos um inimigo poderoso.
Deixar o tempo passar, sem agravar o conflito, que, em novembro deste ano, quase agora, certamente Trump será menos agressivo. Virão as eleições para o Legislativo americano, quando, quase certamente, Trump perderá a maioria e se tornará um “ pato – manco, ”Lame Duck”, como é chamado em inglês, o fantasma que assusta todos os presidentes.
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O HOSPITAL DO AMOR AGORA JÁ É REGIONAL
Vamos ter no polo de saúde de Lagarto o hospital do cancêr regional. Vai atender: Sergipe, Alagoas, Bahia e Pernambuco
O Hospital do Amor seria voltado para a cura de corações feridos ?
Nada disso, trata-se de um hospital onde o coração amoroso ajuda na prevenção ou cura do câncer. Henrique Prata, um grande produtor de carne bovina em São Paulo, é neto e filho de oncologistas, que, em tempos difíceis para o combate à doença com alto nível de letalidade, tentavam compensar a ineficácia da maioria dos medicamentos, com o amor, a solidariedade humana.
Quando se foram o seu avô paterno, que era sergipano, e os seus pais, pai e mãe, médicos, ( ela, falecida aos 97 anos em junho), Henrique decidiu criar um novo tipo de hospital oncológico. Assim, surgiu o colosso que é o Hospital de Barretos, em São Paulo, e assim, também, surgiu um novo Hospital do Amor em Lagarto, construído em menos de dois anos e já em funcionamento parcial.
Nessa sexta feira chegou a Sergipe o Ministro Padilha, da Saúde , vieram ainda o ministro sergipano Márcio Macedo, o deputado federal João Daniel, o senador Rogério Carvalho. Em Lagarto, ao lado de Henrique Prata, do Prefeito Sérgio Reis, percorreram as instalações do hospital que tem piso reluzente, instalações modernas, aparelhos de primeira linha. Sentadas em cadeiras confortáveis, duas mulheres, com vestimentas que denotavam extrema pobreza conversavam: ( muié, se seu Zé Augusto da Maratá chegar aqui, ele vai ser tratado igual à gente “. Foi anunciado então, que o Hospital do Amor de Lagarto vai cuidar também da população de uma parte de Alagoas, Bahia e Pernambuco. Será regionalizado, uma promessa que o presidente Lula fez a Henrique Prata, e vai ser concretizada com a liberação de recursos, inicialmente modestos.
O prefeito Sérgio Reis, que ciceroneava a comitiva, dizia que uma nova etapa estava concluída, em processo onde já existe o Polo da Saude da UFS, e transformará Lagarto num dos maiores centros de ciências médicas a serviço da população.
Em Aracaju, o ministro Padilha, o governador Fábio Mitidieri, percorreram as obras quase concluidas do Hospital do Câncer Marcelo Déda, uma ideia do ex-governador, enquanto fazia tratamento do câncer que o matou em um hospital de São Paulo. O projeto foi tocado pelos governadores que o sucederam, Jackson Barreto, Belivaldo Chagas e agora Mitidieri. Será inaugurado este ano .
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MATERIA PUBLICADA 17/01/2015
CONTRA O TERROR A GUERRA OU A PAZ ?
Por trás das ações terroristas existem sempre motivações ideológicas, religiosas ou libertárias. O terror , que é a degeneração da luta política em guerra destituída de qualquer sentimento moral , não surge espontaneamente, não é simples reação feroz de algum indivíduo tresloucado. O terror se alimenta no farto arsenal de ódios criados pelo choque de idéias divergentes, pela opressão, pelo fanatismo religioso. Pode, sem dúvidas, ser vencido pelas armas, como a história está a registrar, mas, se persistem as causas do ódio ele ressurgirá, tantas vezes quantas for derrotado pela repressão.
Menos de 8 dias depois do desatino dos assassinatos em Paris, pelo mundo já houve mais de 2 mil vítimas de ações terroristas.
São vitimas do ódio que, faz séculos, os brancos civilizados começaram a fazer nascer e crescer no resto do mundo, que eles transformaram em colônias, e saquearam, escravizaram, exterminaram, espalharam doenças, mortes, opressão e injustiça.
Enquanto não se começar a pensar na paz como sucedâneo único e sensato para vencer o absurdo da guerra,, pondo fim à violência respondida com mais violência, por mais que se matem terroristas, eles irão ressurgindo, renascendo das cinzas do ódio nunca aplacado.
Enquanto preconceitos e xenofobias não forem coisas do passado, enquanto a avidez gerar mais pobreza, o terrorismo permanecerá, como arma sinistra dos desesperados e furiosos. Se algum dia for possível transformar ódio em entendimento, teremos construído a mais bela página da História do Homem. Enquanto isso não acontecer, acostumemo-nos às cenas dos massacres.