NESTE BLOG:
1) SERGIPE PREJUDICADO, PRESIDENTE DA PETROBRAS FAZ COMITÊ ELEITORAL NA EMPRESA
2) SERGIPE NA CABEÇA
3) A ALIANÇA ROGÉRIO- SUKITA E AS SEMELHANÇAS LEMBRADAS
SERGIPE PREJUDICADO, PRESIDENTE DA PETROBRAS FAZ COMITÊ ELEITORAL NA EMPRESA
O presidente da Petrobras, limitando-se há ser cantidado no seu estado (Rio Grande do Norte), perde a visão abrangente que deve existir na estatal petrolera.
Jean Paul Prates, senador potiguar que não conseguiu a reeleição, agora na presidência da PETROBRAS, deixa em segundo plano os objetivos da empresa, e nela está montando o seu comitê eleitoral.
É o que se pode deduzir da sua decisão pessoal e monocrática de instalar em Natal o escritório da Diretoria de Transição Energética , Sustentabilidade, e sede do polo eólico offshore.
O Rio Grande do Norte, da mesma forma que Sergipe, assistiu o esvaziamento das atividades da petroleira, com o esgotamento dos campos de óleo e gás em terra e redução da capacidade das plataformas marítimas.
O estado tem sido recordista na instalação de unidades de geração fotovoltaica, ( as usinas solares), mas todas resultantes da iniciativa privada, e a PETROBRAS não tem no mar do Rio Grande do Norte até agora, uma só torre de geração eólica. Por conseguinte, inexiste o “ polo eólico offshore ,apontado pelo senhor Prates a justificar, a existência de uma diretoria especifica . No comunicado pessoal que estranhamente ele mesmo emitiu, avançando sobre prerrogativas da Diretoria de Produção, Prates afirma que o escritório será fundamental para a região do Rio Grande e Ceará no apoio a prospecção na Margem Equatorial.
Não existe ainda nenhum projeto formatado para a exploração dos chamados campos equatoriais, aqueles localizados ao largo das costa do Amapá e Pará, que nem sequer receberam ainda o indispensável parecer favorável do IBAMA, que, de inicio, vetou a pretensão, alegando que não existe uma demonstração com balizamento técnico, de que a exploração no mar, não venha a afetar o delicado ecossistema do enorme estuário do Amazonas.
O Sr. Prates põe o carro adiante dos bois, ao anunciar uma exploração de petróleo e gás na linha equatorial, sem que os questionamentos ambientais tenham sido pacificados.
É espantosa e também leviana, a justificativa apresentada pelo agora suspeitíssimo dirigente da PETROBRAS, anunciando de forma extemporânea e sem o aval do presidente Lula, uma medida adotada com vistas ao fortalecimento da sua candidatura já posta em marcha ao governo do Rio Grande do Norte. Enquanto isso os campos da bacia Sergipe-Alagoas já cubados e delimitados, há quase dez anos, tiveram paralisadas as atividades , e já se anuncia que a empresa somente iria neles retomar os trabalhos na década dos anos trinta. Mesmo sabendo-se que esses campos podem a médio prazo iniciar a produção de óleo e gás, sendo muito mais simples e econômica a operação deles, também sem os entraves apontados pelos órgãos ambientais em relação ao projeto Equatorial, que poderá vir a ser ativado, mas desde que seja obedecida uma ordem de prioridades, que não só interessa aos dois estados, Sergipe e Alagoas mas, ao nordeste e ao Brasil, mais ainda.
Já parece decidida uma ida a Brasília do governador Fábio Mitidieri para ter uma audiência com o presidente Lula e ouvir uma palavra dele sobre o assunto.
Por outro lado, há informações de que o tal escritório anunciado pelo ex-senador, teria causado surpresa no presidente e no seu entorno, criando-se um clima bastante instável para a permanência de Prates à frente da Petrobrás.
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SERGIPE NA CABEÇA
Ao findar do ano que se foi, no último desses escritos que agora retornam, informamos que faríamos uma espécie de prospecção pelas cabeças que pensam, na academia, na administração pública, na liderança dos movimentos sociais, no comando de empresas , enfim, percorrendo os sentimentos da sociedade, através das cabeças que se distinguem pela sintonia com o nosso tempo, e nelas sempre fervilham ideias.
Dizem que no Brasil o ano não começa com o espoucar de fogos no Reveillon, mas, de fato, conta-se o seu primeiro dia válido na ressaca de carnaval.
Assim, iniciado o ano em tempo real, ou seja a segunda quinzena de fevereiro, estaremos , ao longo de algumas semanas, publicando as principais ideias pinçadas do repertório denso de sugestões, resultado das reflexões de pessoas, com as quais temos tido receptividade para o que pretendemos.
Nas ideias elencadas não haverá carimbos de oposição ou governo.
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A ALIANÇA ROGÉRIO- SUKITA E AS SEMELHANÇAS LEMBRADAS
Rogério e Sukita, e a semelhanças nítidas entre os dois.
O senador da República Rogério Carvalho, quando fogoso militante do PT, não cansava de criticar a mediocridade da política sergipana, os ranços da “ classe dominante “, as distopias que deformavam a sociedade. Marcelo Déda impressionou-se com aquele jovem médico que acabara de fazer mestrado na UNICAMP, e o convidou para Secretário de Saúde, assim que tornou-se prefeito de Aracaju.
Rogério tinha uma oratória articulada, aparentava ser uma figura humana leal a princípios, transbordando idealismos, e um militante partidário de primeira linha.
Na Secretaria de Estado da Saúde, Deda, quando governador, colocou Rogério, dando-lhe a orientação para que renovasse métodos, desse atenção e agilidade aos problemas que mais afetavam aos pobres, e criasse uma rede de atendimento hospitalar e ambulatorial que oferecesse a todos um atendimento rápido e digno.
Rogério danou-se a construir UPAs. E usou profusamente as verbas. Surgiram problemas que resultaram em inúmeros processos judiciais por atos de improbidade. Hoje, o senador ainda está às voltas com eles. Há, por exemplo, o caso posto em suspeita de um galpão enorme. Lá, armazenavam lotes imensos de remédios vencidos. De repente o prédio e a carga armazenada, principalmente, foram consumidos pelo fogo.
Se suspeitas existiam, elas cresceram muito enquanto o fogo crepitava, consumindo possíveis provas.
Marcelo Déda morreu, mas não deixou de tomar conhecimento das peripécias partidárias e administrativas de Rogério. Isso o entristeceu muito.
Mas, está ai o senador Rogério no auge da sua carreira política, e de olhos postos em 2026, onde quer, no mínimo reeleger-se, ou chegar ao governo do estado, posto que disputou sem sucesso em 2022.
Para isso vem ampliando aquilo que convencionou-se chamar de “ arcos de aliança”.
Na ultima investida que fez, foi juntar-se em Capela ao ex-prefeito do município, Sukita.
Tendo desafiado o estamento usuário do poder no município, onde ainda existem os vestígios autoritários da aristocracia dos engenhos, Sukita elegeu-se, e criou fama.
Prometeu, que logo no começo montaria uma frota de transporte escolar com ônibus modernos, e dotados de ar condicionado . E cumpriu.
Depois, cometeu sucessivos erros, e debaixo da artilharia daqueles a quem derrotara, terminou perdendo o poder, e indo passar vários meses na prisão, onde, dizem os carcereiros, ele acordava à noite dando gritos; “ Estão me perseguindo, mas eu ainda vou ser governador de Sergipe”.
Campeão de artes marciais, Sukita dava aulas na prisão e fazia vídeos mostrando suas habilidades.
Logo passou de personalidade folclórica para símbolo de desmazelo com recursos públicos. Ápós a soltura começou a percorrer um calvário de sucessivas derrotas, e viu a ex-esposa que elegera Prefeita tornar-se sua mais figadal inimiga.
Aqui terminam algumas possíveis similitudes entre Rogério e seu mais novo aliado, até porque Rogério nunca foi preso, nem cassado pela Justiça.
O flanelinha que cuidava de estacionamento e lavava veículos, começou a fazer negócios de compra e venda de automóveis, e breve se tornava um empresário destacado no ramo. Certa vez, quando ele foi fazer sua filiação ao PSB, convidado por Valadares, um amigo do senador, que fora fazer-lhe uma visita, foi apresentado por ele ao jovem Sukita. Disse-lhe que o conhecia de nome, tinha admiração pela capacidade empreendedora dele, e perguntou nada elegantemente :” menino, você é traficante? É laranja de alguém ? E ouviu a resposta pronta de um sorridente Sukita: “Não, eu me fiz com trabalho e persistência, mas, quero ser politico e chegar ao governo do estado. Começando por administrar o município pobre onde nasci.”
Em seguida, Sukita acompanhou, silencioso, o inoportuno conselho:” Não entre na política, vá cuidar dos seus negócios. E ficando rico vai poder ajudar a sua terra.”
Sukita não respondeu, e o resto da estória é bem sabido.
Mas, nesta semana, Sukita e Rogério, tornando-se sócios inauguram uma emissora de rádio em Capela. E estão convidando para o movimentado ato festivo, com fartos comes e bebes. Em clima de campanha.
Aí as similitudes reaparecem: os dois alimentam um projeto ambicioso de poder pessoal, e querem chegar ao governo de Sergipe.
Então, as similitudes entre os sócios outra vez desaparecem: Sukita, ao fazer política, terminou quebrando, e voltando a ser pobre. E tornou-se inelegível.
Já Rogério............