Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
TEXTOS ANTIVIRAIS (38)
26/11/2020
TEXTOS ANTIVIRAIS (38)

JOÃO ALVES E O MAPA DE SERGIPE

(João Alves, uma página da história de Sergipe)

O fato aconteceu na campanha de João Alves, quando ele tornou-se prefeito eleito de Aracaju. Antes, quando surgiu o engenheiro realizador, ele fora nomeado pelo governador José Rolemberg Leite. Naquela campanha, João mal acabara de concluir o seu terceiro mandato de governador, tendo, num interregno, sido Ministro do Interior por quatro anos, do presidente José Sarney.

Seus marqueteiros buscavam demonstrar a capacidade realizadora de João, e mostraram, na televisão , um mapa da cidade de Aracaju. Como num jogo de armar figurinhas, foram retirando pedaços da cidade. No mapa, restaram grande manchas brancas.

E eles então foram explicando o que era cada peça retirada do espaço contendo a cidade, e revelando o que significavam aquelas peças.

Sem dúvidas, a cidade ficou mutilada de forma impressionante. Sumiram a Orla da Atalaia, a Coroa do Meio, o Parque do Morro do Urubu, a Orla José Sarney, as pontes, Aracaju-Barra; do rio do Sal, do rio Poxim; diversas avenidas, praças, postos de saúde, conjuntos habitacionais, ginásios; o Teatro Tobias Barreto, o Centro de Criatividade, o Hospital de Urgência; este, agora, por decreto do governador Belivaldo, voltando a ser chamado Hospital João Alves. O nome foi retirado por determinação do MP em obediência à lei que proíbe a denominação de pessoas vivas aos locais públicos.

João Alves agora está morto, assim, é tempo para que se relembre o significado completo dele num mapa mais extenso, o de Sergipe.

O que ele conseguiu fazer salta à vista, é, de fato, impressionante.

Quando João assumiu o seu primeiro mandato eletivo em 1983, chegou, com ele, uma ousada ideia de desenvolvimento. No pequeno Sergipe, desprovido de recursos, de influência política, pensar em grandes empreendimentos tocados pelo próprio estado, seria juízo de menos, ou demagogia demais.

Tantos outros governadores antes tiveram ousadias imensas, mas João, em três mandatos, acumulou uma soma de realizações portentosas.

João chegou ao governo com uma ideia fixa, que ele já havia maturado em estudos alongados, e em viagens pelo mundo, onde fazia suas observações e recolhia experiências.

Na cabeça de João Alves vivia a crepitar constantemente uma espécie de fogo inquietador de ideias que se amontoavam, e era preciso formatá-las, dando-lhe a forma de projetos viáveis, e, sobretudo, escorados numa viabilidade financeira que teria de ser conseguida.

Ou seja, tudo era mesmo uma ilimitada ousadia.

Havia uma dose do quase desatino, naquela esperança que as vezes atropelava a precaução e o bom senso.

João Alves agia em duas frentes. Na execução dos projetos, e na articulação política, para assegurar os incertos cruzeiros que a inflação ia corroendo, entre a noite e o dia. Isso gerava uma operação que se chamava “over night”, as aplicações a curtíssimo prazo resultando em ganhos absurdos, o que desnudava a fragilidade de uma base financeira em frangalhos, desencorajando investimentos, e afastando do cenário econômico qualquer vestígio de previsibilidade.

Foi nesse clima que João ousou alavancar em Sergipe, grandes investimentos públicos.

Tinha, ao seu lado, os dois encarregados da engenharia de ferro e cimento; e da outra, igualmente complexa: a engenharia com as fontes de recursos. Eram eles, o engenheiro Jose Carlos Machado, e o economista Antônio Carlos Borges.

Assim, nesse clima de total insegurança atravessou seu primeiro mandato, (1983 – 1987) e o segundo, já em parte afetado pelo Plano Real, (1991 – 1995).

Foi num clima conturbado como esse, que João Alves conseguiu construir em Sergipe quatro grandes perímetros irrigados de grande porte. Sua obra portentosa não se resume nisso, mas será possível sintetizar nelas, a criatividade e o arrojo.

O Califórnia, uma obra desafiadora no semiárido , nas lonjuras ainda despovoadas de Canindé do São Francisco. Houve a captação da água no São Francisco, a adução a uma altura de 170 metros, o sistema de bombas potentes, a adutora, o labirinto de canais.

O Califórnia abriu passagem para que João recebesse o apelido de “João da Agua,” e penetrasse pela aridez sertaneja, concretizando a esperança da água, e viabilizando a produção.

Depois, veio o Jabeberí, armazenando água numa calha enorme entre serranias, e possibilitando a irrigação; fazendo a vocação comercial de Tobias Barreto se revelar também na pecuária leiteira, na agricultura.

O Platô de Neópolis, é o maior de todos, desfazendo a ideia passadista de que em terra ruim não se consegue produzir. Mais uma vez, retirando a água do São Francisco, bem mais perto da foz, onde agora já existe a ameaça de salinização. Esse avanço do mar sobre o Rio Doce, está a exigir a montagem de um sistema de proteção do baixo São Francisco, talvez, uma gigante barragem de foz. Mas isso já é uma outra história, e que nem pode ser sonhada agora, quando, gerada no governo central, se espalha pelo país uma outra pandemia de incertezas.

Finalmente, os lagos imensos e as barragens enormes, fazendo agregar ao dinamismo econômico de Lagarto, e Itabaiana, mais dois instrumentos de desenvolvimento. O perímetro irrigado Dionísio Machado, e o Jacarecica -1

Esses cinco perímetros, resultam de uma ação impressionante de rápida coleta de dados e informações, em locais de difícil acesso, como então era Canindé do São Francisco, e com um precário conhecimento da estrutura e composição dos nossos solos. Como se definiram os locais, como se estudaram tão rapidamente os solos, como se processaram as obras em condições tão adversas? Isso é algo que só faz aflorar a visão de João Alves, e a sua incomum ousadia criativa.

Toda essa historia ainda está para ser devassada e contada.

Nela, será instigante buscar aferir a dimensão de Maria do Carmo Alves, naquele tempo em que João andava a fazer essas coisas assim, quase impossíveis.

Jose Carlos Machado poderia fazer um cálculo. Sairia juntando a superfície dos perímetros, de todas as obras de João, para depois revelar no nosso mapa, qual a proporção delas. É possível que, juntas, ultrapassem os mil quilômetros quadrados.

É bom lembrar que Sergipe só tem vinte e dois mil quilômetros quadrados de superfície.

INFORME DESO

"Programa Deso sustentabilidade" leva capacitação para funcionários

Um dos objetivos é conscientizar e ofertar formação continuada em “educação ambiental”

A Companhia de Saneamento de Sergipe - Deso, por meio da diretoria de meio ambiente e expansão (DMAE), gerência socioambiental (GESA), coordenação de educação ambiental (CEAM) e gerência de coleta e tratamento dos sistemas regionais (GCTR), promoveu cursos de capacitação do "programa deso sustentabilidade" no distrito sul, em Aracaju, e nos municípios de Simão Dias, Nossa Senhora das Dores, Brejo Grande e Santa Luzia do Itanhy, com o objetivo de fornecer uma formação continuada em educação ambiental para a força de trabalho da empresa.

Com o tema "saúde, meio ambiente e sustentabilidade", a capacitação aconteceu inicialmente no distrito sul e depois prosseguiu para os quatro municípios. a ação foi voltada aos empregados e colaboradores das estações de tratamento de esgoto sanitário da companhia, contando com uma dinâmica e palestras a respeito da "educação ambiental e cidadania", "o uso correto dos epi's" e "doenças virais transmitidas por veiculação hídrica", além de uma roda de conversa sobre "a importância do tratamento adequado de efluentes domésticos".

De acordo com a coordenação de educação ambiental da Deso, a capacitação proporcionou mais conhecimento para os colaboradores da empresa e ainda gerou conscientização a respeito das temáticas tratadas. o retorno dos colaboradores foi melhor do que esperado, pois eles contaram que já conheciam alguns assuntos abordados, mas não na íntegra, então foi levado mais conhecimento para eles. atualmente existe uma necessidade ainda maior de falarmos sobre esses temas, principalmente quando tratamos das questões ambientais ligadas ao dia a dia dos funcionários. além disso, é criada uma conscientização, que é o papel principal da educação ambiental.

Destaca-se ainda a integração entre os cinco setores da empresa que ministraram as palestras e com a repercussão da iniciativa, foi solicitado um novo projeto voltado para toda a força de trabalho. todos os cinco envolvidos, assistente social, educação ambiental, estação de tratamento de esgoto, gestão de saúde e segurança do trabalho, abordaram o tema 'saúde, meio ambiente e sustentabilidade' e a maioria deles, marcaram presença para prestigiar os colegas que ministraram a palestra, sendo pontuada uma integração entre eles e com quem recebeu a capacitação.

Deso promove ação solidária e disponibiliza doação de sangue entre os funcionários

Em parceria com o Hemose, a companhia de saneamento de sergipe organizou toda a estrutura interna para a coleta no auditório da sede.

A iniciativa da companhia de saneamento de Sergipe - Deso em mobilizar os funcionários para a doação de sangue superou as expectativas. aproximadamente 130 funcionários se inscreveram e 82 estiveram aptos ( após a triagem) e efetuaram a doação, em uma estrutura montada com todos os requisitos de segurança e higienização, aprovados pela vigilância sanitária e pelo centro de hemoterapia de Sergipe - Hemose, contabilizando um resultado bastante importante e positivo em ajudar a quem precisa, além de colaborar com os estoques, tão comprometidos em tempos de pandemia.

Para a presidência da Deso, a campanha mostra o compromisso da Deso com a população sergipana. é uma parceria muito importante onde os colaboradores da Deso que se engajaram na campanha estão de parabéns, assim como todos que fazem o Hemose, que trouxe o centro para a empresa e que fosse feita essa campanha de doação de sangue. a Deso, que trabalha com qualidade de vida, saneamento, água, esgotamento sanitário, também tem que estar junto nesses momentos que a sociedade precisa. em um momento de pandemia, é muito mais importante que os seres humanos doem um pouco de si e, nesse caso, doando sangue para que possamos salvar outras vidas.

Segundo a diretora geral da fundação de saúde parreiras horta, a ação é de uma importância sem tamanho, no momento crítico que os estoques estão passando. a Deso sempre foi presente, e essa não é a primeira vez que acontece uma parceria com a empresa. quando a sociedade se une nesse sentimento de ajudar ao próximo, só temos a ganhar. todos os cuidados foram tomados, o distanciamento, a higienização do local onde a doação aconteceu. a Deso vem mostrando seu perfil de solidariedade às pessoas que precisam. ressaltando que, para as pessoas fazerem a doação, devem estar em bom estado de saúde, ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50kg, ter se alimentado antes da doação. tudo isso é observado na nossa pré-triagem e na triagem clínica. tudo que acontece no Hemose é reproduzido na coleta externa para trazer segurança para os doadores.

De acordo com a diretoria de gestão corporativa da Deso, é um momento de agradecimento a todos os envolvidos. a adesão dos colaboradores foi imensa, e mais de 400 pessoas serão beneficiadas, podendo salvar vidas. gratidão aos colaboradores pelo sucesso da ação, a organização que foi feita também pelos colaboradores junto com os funcionários do Hemose. com o sucesso que foi essa ação, será estudada a possibilidade de trazer novamente o Hemose e de transformarmos o evento em mais dias.

Programa saneamento expresso' é referência para estudantes da universidade federal de Sergipe

O grupo visitou a unidade móvel, nas dependências da Deso, onde recebeu informações sobre todo o funcionamento

o 'programa saneamento expresso' é um projeto de educação ambiental, desenvolvido pela companhia de saneamento de Sergipe – Deso, que visa apresentar de forma lúdica e itinerante, o passo a passo do saneamento à população. é apresentada uma maquete dentro de um ônibus, que detalha todos os processos realizados no tratamento de água e esgoto. com base nisso, estudantes do curso de especialização em recursos hídricos e meio ambiente da universidade federal de Sergipe, decidiram escolher o programa da companhia como tema principal sobre um trabalho a ser apresentado por eles.

Segundo a coordenação de educação ambiental da Deso, a ação foi a primeira desde que começou a pandemia. foi uma solicitação feita por alunos da especialização em recursos hídricos e meio ambiente da UFS com o intuito de utilizar o ônibus como ferramenta para um estudo. seis alunos participaram e obedecemos a todas as medidas sanitárias estabelecidas, trabalhando com a capacidade máxima de 30% do ônibus.

Para a pedagoga e estudante do curso de especialização em recursos hídricos e meio ambiente da UFS, Gilvanda Conceição, a visita surgiu de um trabalho do curso e o saneamento expresso representa uma vitrine de conscientização ambiental para a população. “o professor solicitou que fizéssemos um trabalho sobre recursos hídricos, então, diante de várias expectativas, surgiu a ideia de conversarmos com a Deso, já que a empresa faz um trabalho de saneamento e preservação ambiental. como sabemos que a companhia abrange praticamente todo o estado de Sergipe, então por que não fazermos o trabalho com ela? se as pessoas verem as maquetes que estão no saneamento expresso, todo o trabalho de tratamento da água, para mim vai ser uma vitrine para encantar a população pela visão e conscientização ambiental”, ressaltou.

Exposição “museus na Deso” reforça a sergipanidade

Durante toda a semana, peças históricas estarão expostas no auditório central da companhia, aberto a visitação dos funcionários

a sergipanidade está em evidência no auditório central da companhia de saneamento de Sergipe – Deso. durante uma semana, várias peças, vindas de cinco museus do estado, estiveram expostas na empresa, com o intuito de ressaltar a cultura local, além de aproximar os visitantes da história de Sergipe e estimular o conhecimento. na abertura do evento, os funcionários marcaram presença e puderam fazer uma visita guiada.

De acordo com a diretoria de gestão corporativa da Deso, o “dia da sergipanidade”, comemorado no último dia 24 de outubro, é uma data comemorativa para lembrar aos

sergipanos da importância de valorizar a cultura local, por isso a exposição dos museus surgiu para levar conhecimento aos funcionários da empresa. foi um dia para lembrarmos de cultivar a nossa arte, elogiar nossos historiadores e levar no sangue a preservação da cultura, história, música, artes, além de conhecermos mais sobre a nossa história. o agradecimento especial foi para a fundação aperipê, que juntamente com a Deso oportunizou o momento aos funcionários no ano em que é comemorado os 200 anos de emancipação política do estado. uma oportunidade ímpar para os os colaboradores.

Para a diretoria de operação e manutenção, a exposição incentiva os funcionários a saberem mais sobre Sergipe e a empresa está sempre inserida no incentivo a cultura sergipana. a iniciativa da empresa em trazer cultura para os funcionários está de parabéns, pois no dia a dia muitas vezes não temos tempo de visitar nossos museus, conhecer um pouco mais da nossa arte e história. para a diretoria de meio ambiente e expansão, a iniciativa proporciona conhecimento aos funcionários com essa iniciativa em alusão ao “dia da sergipanidade”, teremos a possibilidade de aproximar nossos colegas da história de Sergipe e proporcionar conhecimento sobre o acervo desses museus.

Visitação

Segundo a direção do museu histórico de Sergipe, é o segundo ano de exposições de museus do estado e a iniciativa promove uma aproximação à comunidade. este ano, os museus estão fechados por conta da pandemia, mas a exposição está acontecendo na Deso com todas as medidas de segurança contra a covid-19. por se tratar de um período onde estamos vivendo em pandemia, o museu se encontra fechado para visitação e, a partir de um convite da Deso, fizemos questão de trazer para os funcionários um pouco do nosso acervo, fazendo essa ligação entre o museu e a comunidade e proporcionado conhecimento com segurança. a Funcap, que é quem cuida desses museus, não poderia deixar de estar presente.

 


 

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